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LUZ TEIMOSA 
Acervo Galeria Utópica

30 de novembro 2021 a 19 de fevereiro, 2022

Fernando Lemos Luz teimosa 1949 _ 52
Fernando Lemos - Luz Teimosa

LUZ TEIMOSA - Acervo Galeria Utópica

Não há tempo. Há horas.
Não há um relógio. Há hábitos que me habitam.
O poema dói. O ponteiro corta.

A hora que queima. A morte simula.

Respira para não me distrair.
 

Fernando Lemos (Lisboa, 1926 – São Paulo 2019), em  A única real tradição viva - antologia da poesia surrealista portuguesa.

 

 

Luz Teimosa é o título de uma fotografia-imagem do imenso artista, poeta e fotógrafo Fernando Lemos. É também uma cena que se traduz como a página de um livro entreaberto por onde entra, vaza, se desloca e torna-se instante flutuante para fazer o espectador procurar todas as palavras que serão capazes de decifrá-la. Serão? Mais uma vez, é também o ponto de partida para o resultado final de uma imagem revelada: luz. Embora o negrume da noite também seja absolutamente necessário nas verdadeiras fotografias, ou imagens, ou o que quer que o olhar do “outro” possa entender entre o que vê e o que estar por vir. Nada mais que isso. A exposição Luz Teimosa, construída a partir do acervo da Galeria Utópica trata desse limite: o que se vê: o que estar por vir. Aqui, homens e mulheres, e experimentos, e paisagens, e naturezas mortas, e naturezas vivas, e corpos que dançam, e noites que caem, e o desejo de um homem incomum pelo olhar de outros homens trocam afetos para, em seguida, serem revelados em gelatina e sais de prata, em pigmento sobre papel algodão ou em um signo visual a partir do olho de vidro. Gesto emoldurado. Tomara que caia. Mão e faca. Carmem Miranda. Garimpo. Teatro Butô. Jovem solarizado. Autorretrato do dia seguinte. Você levaria aquele rosto desconhecido que está no retrato para dentro da sua casa? A fotografia já não basta. A imagem, sim.

 

Diógenes Moura

Escritor | Curador de Fotografia | Editor          

Utópica

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Pioneira na apresentação de fotografias do início do século 20 no mercado brasileiro, a Utópica, anteriormente conhecida como FASS, estabeleceu-se como um dos principais locais do país dedicado exclusivamente a fotografia. A galeria pesquisa a fotografia moderna, a ligação entre fotografia e literatura, o fotojornalismo e vários outros assuntos atiçados pela curiosidade e as contribuições de nossos colaboradores e parceiros, aos quais devemos grande parte de nosso prestígio.

 

A Utópica representa as obras de 17 fotógrafos, entre eles German Lorca, Annemarie Heinrich, Carlos Moreira, Beth Moon, entre outros. Além desses nomes, seu acervo conta com obras de mais de 30 artistas consagrados, como os brasileiros Luiz Carlos Barreto e Voltaire Fraga.

Dia 15 de janeiro, sábado às 11h

 

Conversa com André Cunha sobre o trabalho Santuário, uma série de 16 fotos.  O fotografo acompanha e documenta há alguns anos uma família composta de um casal e seus quatro filhos pequenos escolheram viver imersos na natureza, longe das cidades em uma espécie de utopia campesina.  

Presencial: 15 pessoas.

Inscrição aqui

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